13 janeiro 2011

Terra Nova - 3 Atos

I - O Barco de Ida - A Tempestade

Fui passar um sábado num flutuante que fica no Rio Amazonas no município de Terra Nova, interior do Amazonas. A viagem de ida foi em uma lancha rápida que sai do porto da Manaus Moderna. Horário de saída: 8:30h. Eu estava acompanhado do Tota (marido da minha mãe) e de seu amigo de longa data chamado Carlos.


O barco vai lotado, pois ele atende às comunidades ribeirinhas, então logo após o Encontro das Águas ele vai desembarcando as pessoas ao longo do caminho. Atracada à popa do barco vai uma lancha conhecida como voadeira que é utilizada para o desembarque das pessoas. Como? É o seguinte: o passageiro informa à tripulação onde deseja descer, na altura do local o barco desacelera para que esse passageiro possa entrar na voadeira, que o leva até a beira do rio.

(para quem não conhece o Encontro das Águas assista aqui: 'seja bem vindo ao encontro das águas')

Abaixo o piloto da voadeira arrumando o motor de popa em pleno temporal para não deixar ninguém na mão.



Enfretamos um forte temporal, mas isso não impede o desembarque via voadeira, pois todos precisam chegar aos seus destinos. Eu presenciei o embarque de uma senhora de aproximadamente 70 anos de idade que o fez com invejável maestria.

A viagem até o nosso destino durou aproximadamente 1h30min.

Abaixo um vídeo para melhor visualizar a embarcação e a chuva que caía no rio Amazonas.


II - O Flutuante do Jorge - Pescaria Frustrada

Chegamos tranquilamente no flutuante, que pertence a um homem chamado Jorge, amigo do Tota e do Carlos. Assim que chegamos, o Carlos preparou linha e anzol para pescarmos. Não curto muito o exercício da pescaria, mas topei porque já posso dizer que pesquei no rio Amazonas, ou melhor, quase pesquei, porque não tive sucesso e nenhum pescado amazônico foi furado com o meu anzol.

Mas o dia foi maravilhoso, ficamos no flutuante, bebendo uma cerveja gelada, ouvindo o silêncio da Amazônia e observando o rio Amazonas, com sua forte correnteza e os botos que surgiam a todo instante. O almoço foi servido pela esposa do Jorge, que preparou uma deliciosa caldeirada de surubin, o peixe havia sido pescado por eles no dia anterior.

Às 14h chegou a hora de voltar.

III - O Barco de Volta - Verduras Amazonenses

Única opção de volta para o mesmo dia é o motor Queiroz Neto II, que atraca no flutuante diariamente. Ele sai de Manaus pela manhã, desce o rio para retornar no mesmo dia no final da tarde. Saimos do flutuante às 14:10h e por um bom tempo fomos acompanhados pelos botos no início da viagem.

Esse motor tem mais de 30 anos de idade e atende as comunidades ribeirinhas levando passageiros e cargas, principalmente a produção agrícola da região.

Sem chuva forte, a viagem foi bem tranquila. Ao contrário da lancha rápida de ida, esse barco levou quase 4 horas para chegar a Manaus. Com isso pudemos apreciar o rio Amazonas e toda a paz dessa natureza que não cansa de ser imponente.

Abaixo um vídeo do nosso barco da volta:

Um comentário:

Alethea disse...

Nossa, que aventura! :O