10 março 2008

Virtude em Cícero

E, assim como cada espécie tem alguma propriedade que a distingue essencialmente, assim o homem tem uma, mas muito mais excelente: se assim se pode falar com propriedade da nossa alma, que, sendo uma emanação da mente divina, é de ordem superior, ela não pode ser comparada, ousamos dizer, senão com a mesma divindade. Esta alma, pois, quando a cultivamos, e quando a curamos das ilusões capazes de cegá-la, alcança este alto grau de inteligência que é a razão perfeita, e à qual damos o nome de virtude. Ora, se a felicidade de cada espécie consiste no modo de perfeição que lhe é próprio, a felicidade do homem consiste na virtude, uma vez que a virtude é a sua perfeição.

(Cícero, Tusculanas Livro V, XIII)

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