10 de junho de 2012: um domingo de Polônias.
No volei, o Brasil enfrentou o país do Solidariedade tanto no masculino como no feminino. Vencemos em ambos. Na TV acompanhei a Eurocopa e assisti ao confronto Espanha x Italia que aconteceu em solo polonês na portuária cidade onde Walesa fundou o Solidariedade.
Pra encerrar o dia assisti a "Violeta foi para o céu", filme de Andrés Wood sobre a cantora chilena Violeta Parra. Além do céu, Violeta também esteve na Polônia, não neste mesmo domingo, obviamente.
Eu não havia curtido nem um pouco o trailler deste filme, estava bem receoso, até mesmo porque o filme anterior de Wood, "Machuca", eu também não havia gostado. Mas era um domingo que encerrava um feriado prolongado e o horário da sessão me permitia voltar pra casa sem virar abóbora (ou jerimum).
Fui conhecer Violeta Parra.
Méritos com louvores para o filme e sua estrutura fragmentada. Acredito que a complexidade de Violeta, sua força na música e no pensamento em relação ao mundo, foram transferidos para a tela com uma precisão rara de ser vista em filmes biográficos. O filme consegue cativar.
Certa vez um polonês que estudava espanhol na Argentina e que namorava uma brasileira me disse que na Polônia tomar vodka é um evento especial, geralmente consiste numa celebração com amigos próximos e por um belo motivo. Lembrei disso antes de dormir já na madrugada do dia 11 de junho.
Sabe o que aconteceu no dia 11 de junho de 2005? Uma parada do orgulho gay em Varsóvia que havia sido proibida no dia anterior pelo prefeito desta cidade.
E no dia 10 de junho de 2012? A parada GLTB de São Paulo.
Alguém tem vodka?
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