As letras estavam turvas e mesmo assim praticou a leitura sobre aquele cartaz sujo na porta de um banheiro mais sujo ainda.
Sem acreditar naquela leitura, ele decidiu usar a imaginação. Tinha tempo. Pelo menos até um velho homem sair daquele cubículo conhecido como banheiro.
Um tapete estendido num chão de terra, uma criança aparece e mija em cima desse tapete. O infante sai correndo e some. O tapete solitariamente embaixo de um sol escaldante convive com o cheiro de um mijo infantil.
Nada.
Ele pensou consigo mesmo: "o cartaz e a turvidade da minha vista me levam a um nada". A bexiga doía. Dor e nada.
Foi por essa noite perdida no tempo que ele a conheceu e dali em diante muitas coisas em sua vida acontecer ele fez.
Sentiu-se longe de todos os nadas.