A Mocidade Alegre acabou de vencer o carnaval aqui em São Paulo, o tema foi o coração, o que levou meu pai, cardiologista, a desfilar no Anhembi pela segunda vez. Pois é, a primeira foi por conta de uma de suas paixões: a Colômbia; e dessa vez foi sua outra paixão: a profissão que exerce há 34 anos.
Trinta e quatro anos tenho eu também, e uma de minhas paixões é o Clube de Regatas Flamengo, que iniciou o carnaval 2009 deixando toda uma nação triste e decepcionada ao sofrer uma derrota para o Resende. Nunca ouviu falar nesse time? Procure no Google, mas evite a notícia do placar de sábado passado. Porém no crepúsculo dessa terça-feira de carnaval descobri algo bem inusitado.
Ali estava eu no sofá, clico no controle remoto e está iniciando um programa ótimo do SporTV, "Encontros para a História", e no encontro da vez estavam escalados Neguinho da Beija-Flor e Júnior. A conversa foi ótima, cheia de emoções (para lágrimas) e diversões (para risadas), mas foi uma resposta do Júnior que fez meu coração rubro-negro emocionadamente bater ainda mais forte.
O jornalista perguntou ao Júnior qual o momento mais marcante de sua carreira, ele responde que é comum ir para algo mais pessoal e narrou uma história que, segundo ele, nunca vai cansar de falar sobre ela. Ele estava jogando na Itália, já há uns 5 anos, e o Zico deu um VHS com várias imagens de seus gols ao filho do Júnior chamado Rodrigo.
Um dia Junior chegou em casa e seu filho estava vendo essa fita.
Rodrigo perguntou ao pai:
-Pai, quando eu vou te ver jogar no Maracanã?
Isso desabou o ídolo rubro-negro que pensou: vou voltar ao Brasil agora!
Era um momento delicado, pois Júnior estava com 35 anos, mas mesmo assim decidiu e veio jogar novamente no Flamengo.
Aí ele conta que quando o Flamengo ganhou o carioca em 1991 em cima do Fluminense e ao terminar o jogo ele foi abraçar seu filho, que chorava na beira do gramado, simplesmente esse momento se tornou um dos mais significativos pra ele.
E onde eu entro? Bem, graças ao Certo Flamenguista Rodrigo, o flamenguista aqui pôde ver o Júnior jogar ao vivo no ano de 1992, e para um rubro-negro que não viu nos gramados aquele Flamengo campeão do mundo no início dos anos 80, quando Júnior e companhia esbajavam um belissimo futebol, isso sem dúvida era uma dádiva muito grande.
Como foi bom ver o camisa 5 com todo o seu talento! E com um desfecho fabuloso: o Mengão foi campeão brasileiro de 92.
Obrigado Rodrigo, obrigado Júnior.
5 comentários:
mesmo eu não sendo fã de futebol, essa história tua é bem fofa...rs
Eu sou fã do William!
rs
Salve, salve William. Adorei seu blog. Que bom que me enviou o link.
Beijos e boa sorte.
Obrigado por visitar meu blog.Obrigado pelo elogio ao texto
sobre Belém.
Quanto ao Resende: é um timaço,afinal bateu no glorioso Flamengo.
um abraço, estamos aguardando sua volta à São Vicente.
Que história bacana!!! O Junior foi um puta jogador, mesmo quando tinha 35 anos. É o amor à camisa, coisa rara nos dias de hoje.
Adoro futebol e geralmente estes canais passam programas ótimos. A ESPN é um exemplo disso.
Fica aqui um convite: que tal um São Paulo e Flamengo no Morumbi? Segundo semestre já está aí.
Parabéns pelo blog.
Até,
Daniel Gaggini
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